segunda-feira, dezembro 31, 2007

10 para 2008

Em seguimento ao post do Haya, nos 10 minutos finais, acabei vindo parar aqui pra deixar minha pegada.

Esse dia começou como qualquer outro nos últimos... dias? Semanas? Meses? Como será que foi esse ano mesmo? Cara, eu não sei se foi por ficar particularmente isolada do mundo esse ano... porra, malditos fogos bem na minha janela... Coisas começadas e paradas. Constância sempre foi uma coisa difícil de ser mantida por mim.
Haya falou sobre o tanto de coisas que ele fez esse ano e como foi tudo diferente, pra mim foi um ano bem "pra dentro". Mas eu não sei dizer se foi um ano diferente porque depois de um tempo só o dia corrente existe, e os anos passados ou meses passados parecem vidas passadas.

AHAHAHAH, meu pai acaba de ligar dizendo que tá nos ESTADOS UNIDOS. E eu só fui saber neste instante. "Aqui tá no fuso horário, são 6 e meia da tarde".

Bizarrices da vida à parte. System of a Down tocando nas casas da frente. Eu costumo ficar meio agitada no último dia do ano, à medida que a virada se aproxima. Sei lá, deve ser algo do inconsciente coletivo, a exaltação do povo deve contaminar o ar. Dá mesmo uma sensação de renovação, mesmo sendo uma contagem de tempo artificial afinal de contas. Ano novo, viva, viva. Ano que vem: emagrecer 10 quilos, ganhar dinheiro, me divertir mais, sair mais pro mundo, criar mais coisas, escrever, desenhar, etc etc. Basicamente isso, o dinheiro já inclui todas as coisas que eu poderia acrescentar.
Eu vi o final do post do Haya e pensei, eu não me importo de virar o ano sozinha em casa. Acabamos só eu e minha mãe aqui, e agora que eu tô sozinha de novo, bate aquela melancolia, não gosto disso. Falta alguma coisa. Bom mesmo seria estar com uma pessoa. Mas, porra, por que é tão importante a maneira como viramos o ano, não é como se isso fosse realmente determinar alguma coisa pro ano todo. Acho que é uma coisa simbólica imbutida nas nossas cabeças pelo tal do coletivo.

Fica a curiosidade de como será 2008. Sempre é mais ou menos assim: no ano anterior, a sensação de que tudo vai continuar a mesma coisa; na virada, toda aquela sensação de recomeço, de vida nova, de nova chance, muitos planos; um pouco depois, no dia seguinte, talvez a idéia de que o futuro simplesmente continua se transformando no mesmo presente de sempre, volte.
Mas eu sei que no final das contas, sempre vai ser algo totalmente diferente daquilo que se poderia esperar. Eu já aprendi: não adianta fazer planos nem criar expectativas. A brincadeira continua. Bom, também é certo que... podemos segurar o leme mas não podemos controlar as marés. E o tempo. E a direção do vento. Bom... melhor é simplesmente não pensar em nada disso e só ir vivendo, desejando, fazendo, bla bla bla, eu sei que eu desaprendi um pouco a pensar, em termos de raciocínio, agora eu só sei divagar.

Por isso estou aprendendo xadrez, preciso desenvolver minha concentração.

O filme "Medo e Delírio" está pausado lá na sala.

00:36 - 1jan2008

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